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Morrer é coisa de quem vive
O há de ser propicia o apagamento do instante-já. É a preocupação futura e insaciável de algo impossível, da existência de uma coisa intocável. O futuro como projeção e desejo, uma fome angustiada. Ao pensar sobre o não-morrer e a permanência no presente do instante, a ansiedade do resultado se dissipa e o desafio de continuar viva ocupa o lugar do devir: já se é. Justamente contra o sistema que prevê a morte como resolução final que esses trabalhos foram feitos, sustentando o encantamento do mundo na poética de vida.
Como primeira exposição individual, a sustentação se dá na entrega da intimidade criada no espaço do ateliê e no diálogo com o Outro, sem ele nada disso seria possível.
"A criação, a mão que traça os contornos humanos, mostra-se como uma ancestral postura ética possível diante da existência. As obras de Isabê colocam a criação como uma afirmação erótica da vida. Afinal, como sugere o próprio nome da exposição “Morrer é coisa de quem Vive”… a exposição de Isabê nos faz suspeitar que, talvez, seja coisa de quem cria."
Henrique Komatsu, escritor indicado ao prêmio Jabuti, tece crítica à exposição e pode ser lida na íntegra abaixo.







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